Mielografia |
O sistema nervoso é composto de cérebro, medula espinhal,
nervos, gânglios e órgãos dos sentidos espaciais, tais como os olhos e os
ouvidos. Radiografias da coluna podem ser úteis quando se suspeitar de uma lesão da medula espinhal ou dos discos vertebrais. Esses estudos podem revelar evidências positivas de valor considerável em muitos tumores medulares, mas também são úteis para a exclusão ou a demonstração de infecções, tumores, alterações degenerativas e lesões afetando as vértebras. Em muitos casos, o exame pode ser limitado a uma única incidência antero-posterior e uma lateral. Em outros casos pode ser necessário o uso de múltiplas projeções, incluindo incidências oblíquas ou radiografias obtidas com o paciente fletindo ou estendendo a coluna. As radiografias simples vão determinar também se há uma anomalia de segmentação ou uma vértebra de transição que vão localizar corretamente o nível espinhal. As variações no tamanho do canal espinhal são muito importantes para determinar a probabilidade de compressão da medula espinhal em conseqüência de pequenos defeitos produzidos por cristas ou esporões ósseos, pequenas herniações de discos intervertebrais ou tumores. Estreitamento ou estenose no processo de desenvolvimento pode afetar vários segmentos. Embora seja raro, o envolvimento de vértebras individuais pode causar uma significativa estenose local. Como ocorre em outras partes da anatomia, para observar radiografias da coluna vertebral, devemos elaborar um sistema ordenado de visualização das estruturas, de modo que não passem despercebidas pequenas alterações em relação ao normal. Faz pouca diferença como se procede, desde que toas as partes sejam observadas cuidadosamente. A mielografia é empregada no estudo de pacientes com suspeitas de lesões degenerativas ou alterações atróficas da medula espinhal. São técnicas mais precisas para a avaliação do tamanho da medula espinhal o exame de TC axial após a injeção intratecal de contraste hidrossolúvel ou a RM. Complicações pós-cirúrgicas (laminectomia) ou dores persistentes também podem ser estudadas, mas a presença de aracnoidite pode impedir a interpretação correta em alguns pacientes.
Os atuais agentes de contraste mielográficos
hidrossolúveis têm menor neurotoxicidade aguda e crônica que os agentes
hidrossolúveis anteriormente usados. Entre as vantagens dos atuais meios de
contraste utilizados estão o fato deles serem absorvidos e não precisarem
ser removidos, o espaço subaracnóide pode ser visualizado com maiores
detalhes, seu uso é seguro no exame das raízes nervosas lombares, medula
espinhal e estruturas cranianas. RM - Em 1983, a Ressonância Magnética foi introduzida para estudos espinhais, tendo a experiência confirmado sua eficácia. A geração de imagens de RM é excelente para detecção de anormalidades tanto epidurais com intramedulares. Com a recente liberação dos agentes paramagnéticos vasculares (Gadolínio-DTPA) a RM passou a ser muito sensível também para patologias intradurais. O exame de RM deve ser ajustado ao processo mórbido de que se suspeita.
No passado, a mielografia freqüentemente era considerada um procedimento especial. Entretanto, com o avanço da tecnologia e o aperfeiçoamento dos meios de contraste, a mielografia é considerada mais um exame contrastado de rotina que um verdadeiro procedimento especial. A medula espinhal e as raízes nervosas são delimitadas injetando-se um meio de contraste no espaço subaracnóide do canal vertebral. O formato e o contorno do meio de contraste são avaliados para detectar possível patologia. A maioria das patologias ocorre nas regiões da coluna lombar ou cervical; assim, a mielografia é realizada com maior freqüência nestas áreas.
Indicações clínicas: A mielografia é realizada para detectar várias lesões que podem estar presentes dentro do canal espinhal ou podem estar salientando-se para o interior do canal. Estas lesões incluem, mais comumente, tumores cancerosos ou benignos, cistos e núcleo pulposo herniado (herniação da porção interna de um disco espinhal). Se houver patologias, a mielografia serve para distinguir a extensão, o tamanho e o nível da lesão. O outro aspecto importante da mielografia é a capacidade de determinar se existem múltiplas lesões. O achado patológico mais comum da mielografia é um núcleo pulposo herniado.
Metodologia: Paciente em decúbito dorsal, PMS sobre a L.C.M., realiza-se uma radiografia simples da região a ser radiografa (região cervical, torácica ou lombar). Após a punção do canal raquidiano, injeta-se 20 ml de contraste ( ex: Ominipaque®) e realizam-se as seguintes incidências: 1- realizar uma radiografia em AP 2- realizar uma radiografia em P (perfil)
3- realizar radiografias em oblíquas direita e esquerda (OD
e OE) - R-C. - perpendicular à região, entrando no centro da mesma. - Chassis - variando com o tamanho da região, ou seja, o chassis a ser utilizado deve compreender toda a região de estudo.
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