Cientistas do Laboratório Nacional Brookhaven, do governo dos Estados
Unidos, demonstraram uma técnica de imagem em raio-X altamente detalhado que
poderia ser desenvolvido para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer.
A técnica já havia sido usada para a avaliação de tumores em tecidos da mama
e na cartilagem do joelho e tornozelo humanos, mas é a primeira vez que é
testada sua capacidade de visualizar as minúsculas placas no cérebro que
caracterizam a doença neurodegenerativa.
"Essas placas são muito difíceis de ver, não importa como você tenta
produzir sua imagem", disse o pesquisador Dean Connor. "Certos métodos podem
visualizar a carga total da placa, ou o número total de placas, o que cumpre
um papel na avaliação clínica e na análise da eficácia da droga. Mas esses
métodos não podem oferecer a resolução necessária para nos mostrar as
propriedades individuais das placas de amiloide beta", completou.
A nova técnica, denominada "imagens realçadas por difração", usa feixes de
raio-X de sincrotron, que são milhares de vezes mais intensos e extremamente
concentrados em relação ao raio-X convencional. O resultado, segundo os
especialistas, é uma menor dose de raios-X com uma maior qualidade de
imagem.
No estudo, os cientistas usaram a técnica em um módulo de alta resolução
chamado tomografia microcomputadorizada para visualizar placas individuais
em modelos cerebrais de ratos com doença de Alzheimer. E o resultado não
apenas revelou imagens detalhadas dessas formações de amiloide beta, mas
também provou que a técnica pode ser usada em cérebros inteiros para a
visualização de estruturas anatômicas, sem o uso de agente de contraste.
"Agora que sabemos que podemos, na verdade, ver essas placas, a expectativa
é desenvolver uma modalidade de imagem que trabalhará em humanos vivos",
destacaram os autores. "Também mostramos, agora, que podemos ver essas
placas em um cérebro inteiro, o que significa que podemos produzir imagens a
partir de um animal vivo e aprender como essas placas crescem",
complementaram.
Fonte: DOE/Brookhaven National Laboratory.
junho de 2009.
