Eleições municipais e nos CRTR´s |
Marcelo Ortiz Ficel Mais uma vez a proximidade do período eleitoral para renovação das câmaras e dos executivos municipais nos obriga a conviver com um festival de acusações e “lavagem de roupa suja” por parte dos candidatos. É certo que se por um lado isso nos dá a oportunidade de conhecer fatos que noutros momentos não viriam à tona, também escancara a total falta de capacidade dos candidatos de convencer o eleitorado através de suas propostas. Em nossa categoria observamos que esta história se repete. Nos próximos meses os profissionais da Radiologia serão chamados a opinar sobre a renovação de vários conselhos regionais e, já podemos observar os primeiros movimentos daqueles que acham mais importante a tentativa de denegrir a imagem de seus opositores do que mostrar propostas. Assim como nas eleições municipais tais fatos demonstram a incapacidade dessas pessoas para resolver os vários e enormes problemas que se perpetuam e os novos que se apresentam. Na década passada se observou vertiginoso aumento de cursos técnicos em radiologia, no momento atual a curva desta estatística se inverte, na mesma medida que se observa um grande aumento dos cursos de tecnologia em nível superior. Tal fato não deve surpreender, já que os equipamentos de diagnósticos por imagem têm evoluído também com enorme rapidez. O profissional técnico, de uma forma geral, não consegue responder aos conhecimentos de anatomia, fisiologia, patologia informática, física, mecânica e tantas outras ciências, uma vez que, as técnicas de aquisição de imagens integram número cada vez maior de tecnologias. Os profissionais das técnicas radiológicas vivem momento de incertezas. Os auxiliares em radiologia vêm seu campo de trabalho desaparecer com a digitalização dos serviços. Os técnicos em radiologia enfrentam as incertezas impostas pela evolução tecnológica, incertezas que envolvem a decisão entre continuar na condição de técnico ou evoluir em seus estudos. Se tomar a decisão de voltar aos bancos escolares fica ainda a incerteza de qual curso realizar. Os tecnólogos em radiologia por sua vez enfrentam a necessidade de ter de se apresentar e se afirmar no mercado de trabalho, enfrentando toda sorte de concorrência ilegal e desleal. É certo que só o tempo nos trará certezas, no entanto, os órgãos de representação e fiscalização da profissão tem de voltar a visão para o futuro. Têm que ter propostas que ajudem os profissionais neste momento de inseguranças. É necessária uma eficiente regulamentação do papel de cada profissional, suas competências, tanto na realização quanto na administração de imagens radiológicas. É necessária uma maior participação na elaboração da grade curricular, tanto dos cursos de nível médio quanto superior. É necessário a criação de um movimento de divulgação e valorização dos profissionais tecnólogos, pois, é sabido que os médicos, os empregadores, os demais profissionais de saúde e, lamentavelmente, até mesmo alguns colegas de profissão não conhecem as potencialidades deste profissional. É necessário também, a criação de canais para o aperfeiçoamento, para profissionais de todos os níveis, a fim de fazer frente, como já dito, às concorrências desleais e ilegais. Tanto nos municípios, quanto nos conselhos regionais há um trabalho hercúleo a ser realizado e, não será com acusações, brigas e desunião que serão concretizados. Mais importante que cultivar a preocupação em eliminar opositores deveria ser a apresentação de propostas para fazer frente às incertezas e necessidades. Ao eleitor cabe buscar maturidade e serenidade para avaliar o candidato através de sua conduta longitudinal e conseguir se manter isento das discursos e atos de efeito que não levam a nada, a não ser ao atraso.
Contatos: mficel@tecnologiaradiologica.com Visualize o currículo completo: Curriculo Lattes
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