Marie Curie

A física nuclear polaca naturalizada francesa, Marie Curie, Prêmio Nobel. foi eleita a mulher mais influente da ciência, numa sondagem britânica. De acordo com o estudo da revista New Scientist, citado esta quinta-feira pelo jornal Telegraph, Marie Curie obteve 25,1 por cento dos votos das 800 pessoas inquiridas. Muito distanciada, segue a britânica Rosalind Franklin, que obteve 14,2 por cento dos votos.

A sondagem, realizada na página eletrônica da New Scientist, junto da comunidade científica internacional, pretendia sublinhar o contribuição das mulheres para a investigação científica. A sondagem acabou também por mostrar a falta de modelos femininos modernos que inspirem as jovens a enveredar pelo campo da ciência. É que apenas duas cientistas da atualidade figuram no top 10 desta votação e com percentagens muito baixas: a astrofísica Dame Jocelyn Bell Burnell obteve 4, 7 por cento e a primatologista Jane Goodall alcançou 2,7 por cento.

Marie Curie

Foto oficial do Prêmio Nobel de 1911.

Nascimento

Maria Skłodowska
7 de Novembro de 1867
Varsóvia, Reino da Polônia

Falecimento

4 de Julho de 1934
Sancellemoz, França
Anemia aplástica

Residência

Polônia, França

Nacionalidade

polonesa
francesa

Campo(s)

física e química

Prêmio(s)

Prêmio Nobel de Física (1903)
Prêmio Nobel de Química (1911)

Cônjuge(s)

Pierre Curie

Assinatura

Assinatura de Marie Curie

Foi a única pessoa a ganhar dois Prêmios Nobel em diferentes categorias científicas. Linus Pauling também ganhou dois prêmios, porém um foi na categoria Paz.

Casa onde nasceu em Varsóvia

Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, (Varsóvia, 7 de Novembro de 1867 — Sallanches, 4 de Julho de 1934) foi uma cientista francesa de origem polaca. Foi a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com um Prêmio Nobel, de Física, em 1903 (dividido com seu marido Pierre Curie e Becquerel) pelas suas descobertas no campo da radioatividade (que naquela altura era ainda um fenômeno pouco conhecido) e com o Prêmio Nobel de Química de 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio. Foi uma diretora de laboratório reconhecida pela sua competência.

Nascida na capital da Polônia - à época sob domínio do Império Russo - com o acompanhamento financeiro de sua irmã mudou-se já na juventude para Paris. Licenciou-se em primeiro lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a lecionar neste prestigiado estabelecimento de ensino. Casou-se em 1895 com Pierre Curie (de quem recebeu o sobrenome pelo qual é conhecida) que também era professor de Física. Em 1896, Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações, por ele descobertas, emitidas pelos sais de urânio. Juntamente com o seu marido, Maria começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir mais radiação que o urânio que dela era extraído). Efetivamente, em 1898 deduziram essa explicação: haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente liberando mais energia que o urânio; em 26 de Dezembro desse ano, Maria Skłodowska Curie anunciava a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.

Após vários anos de trabalho constante, através da concentração de várias classes de pechblenda, isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado polônio, em referência a seu pais nativo, e o outro rádio, devido à sua intensa radiação, do qual conseguiram obter em 1902 0,1 g. Posteriormente partindo de oito toneladas de pechblenda, obtiveram mais 1 g de sal de rádio. Nunca patentearam o processo de obtenção desenvolvido. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico.

Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1903 "em reconhecimento pelos extraordinários serviços obtidos em suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radiação, descoberta por Henri Becquerel". Foi a primeira mulher a receber tal prêmio.

Diploma do Prêmio Nobel de Física que recebeu em 1903.

 

Oito anos depois recebeu o prêmio Nobel de Química, 1911 «em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, pelo descobrimento dos elementos rádio e polônio, o isolamento do rádio e o estudo da natureza dos compostos deste elementos. Com uma atitude desinteressada, não patenteou o processo de isolamento do rádio, permitindo a investigação das propriedades deste elemento por toda a comunidade científica.

Conferência de física (1933)

 

O prêmio Nobel da Química foi-lhe atribuído no mesmo ano em que a Academia de Ciências de Paris a rejeitou para sócia, após uma votação ganha por Edouard Branly, tendo perdido a admissão apenas por um voto.

Foi a primeira pessoa a receber dois Prêmios Nobel em campos diferentes. A única outra pessoa, até hoje, foi Linus Pauling. No entanto, Marie Curie foi a única pessoa a receber dois prêmios Nobel em áreas científicas.

Em 1906, sucedeu ao seu marido na cadeira de Física Geral, na Sorbonne.

Depois da morte do seu marido teve um romance amoroso com o físico Paul Langevin, que era casado, resultando num escândalo jornalístico, que se misturou a referências xenófobas, devido à sua ascendência polaca.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que usavam material radioativo sem precauções. Visitou também o Brasil, atraída pela fama das águas radioativas de Lindóia onde esteve.

Foi ainda a fundadora do Instituto do Rádio, em Paris, onde se formaram cientistas reconhecidos de grande importância. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.

Marie Curie morreu perto de Salanches, França, em 1934 de leucemia, devido, seguramente, à exposição maciça a radiações durante o seu trabalho. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, também recebeu o Prêmio Nobel de Química, em 1935, ano seguinte da morte de Marie.

O seu livro "Radioactivité" (escrito ao longo de vários anos), publicado a título póstumo, é considerado um dos documentos fundadores dos estudos relacionados com a Radioatividade clássica.

Em 1995 seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.

 

Durante o período da hiperinflação nos anos 90, sua efígie foi impressa nas notas de banco de 20000 zloty da sua Polônia natal.

 

A sua filha, Éve Curie, escreveu a mais famosa das biografias da cientista, que foi amplamente traduzida em vários idiomas. Em Portugal, é editada pela editora "Livros do Brasil". Esta obra deu origem ao argumento de um filme de 1943: "Madame Curie", realizado por Mervyn LeRoy e com Greer Garson no papel de Marie.

Foram também feitos dois telefilmes sobre a sua vida: "Marie Curie: More Than Meets the Eye" (1997) e "Marie Curie - Une certaine jeune fille" (1965), além de uma mini-série francesa, "Marie Curie, une femme honorable" (1991).

O elemento 96 da tabela periódica, o Cúrio, símbolo Cm foi batizando em honra do Casal Curie.

 Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

Site Elaborado por: Marcelo Ortiz Ficel